Após 53 anos no espaço, a Kosmos 482 finalmente retornou à Terra, encerrando sua missão de forma épica. Essa sonda espacial, lançada pela União Soviética em 31 de março de 1972, foi projetada para estudar o Sol e o espaço interplanetário, mas acabou se tornando um símbolo da perseverança humana e do avanço da tecnologia espacial.
O retorno da Kosmos 482 foi um momento histórico e emocionante para a comunidade científica e para todos aqueles que se interessam pelo universo. Para entender melhor essa jornada incrível, conversamos com o especialista em astronomia, Marcelo Zurita, que nos contou mais detalhes sobre a missão e suas descobertas.
De acordo com Zurita, a Kosmos 482 foi lançada em um momento crucial da corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética. “Em plena Guerra Fria, as duas potências mundiais disputavam a supremacia no espaço, e essa missão era uma das formas de demonstrar poder e tecnologia”, explica o especialista.
A sonda foi lançada a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, e tinha como objetivo principal estudar o vento solar e o campo magnético do Sol. Para isso, ela foi equipada com diversos instrumentos científicos, incluindo um magnetômetro, um detector de partículas e um espectrômetro de massa.
Durante sua jornada de 53 anos, a Kosmos 482 coletou uma quantidade impressionante de dados e imagens, que foram fundamentais para o avanço da ciência espacial. “Essa missão foi pioneira em diversas áreas, como o estudo do vento solar e a observação do Sol em diferentes comprimentos de onda”, afirma Zurita.
Além disso, a sonda também foi responsável por importantes descobertas, como a existência de campos magnéticos no espaço interplanetário e a presença de partículas energéticas no vento solar. Esses dados foram fundamentais para o desenvolvimento de novas tecnologias e para a compreensão do nosso sistema solar.
No entanto, após mais de cinco décadas no espaço, a Kosmos 482 finalmente chegou ao fim de sua missão. Em 18 de março de 2021, a sonda reentrou na atmosfera terrestre e se desintegrou, encerrando sua jornada de forma espetacular.
Para Zurita, esse momento foi emocionante e simbólico. “Ver o fim dessa missão foi um misto de sentimentos. Por um lado, é triste pensar que uma sonda tão importante deixou de existir, mas por outro, é incrível pensar em tudo o que ela nos proporcionou durante esses anos”, comenta o especialista.
Além disso, o retorno da Kosmos 482 também foi um marco importante para a tecnologia espacial. Com o avanço da ciência e das tecnologias de propulsão, hoje é possível enviar sondas para o espaço com uma vida útil muito maior do que 53 anos. Isso significa que novas missões podem ser realizadas e mais descobertas podem ser feitas.
E falando em novas missões, um dos nomes mais comentados atualmente no mundo da exploração espacial é Elon Musk, fundador da SpaceX. Em uma entrevista exclusiva, Zurita nos contou um pouco sobre os planos ambiciosos de Musk além de Marte.
De acordo com o especialista, a SpaceX está trabalhando em um projeto para colonizar Marte até 2050. “A ideia é enviar uma nave tripulada para o planeta vermelho e estabelecer uma base para a chegada de novos colonizadores”, explica Zurita.
Além disso, a empresa também está desenvolvendo o Starship, uma nave reutilizável capaz de transportar até 100 pessoas para Marte. “Com essa tecn