Comentários do secretário-geral da ONU sobre a retirada dos EUA do acordo climático de Paris
No dia 4 de novembro de 2020, o presidente americano, Donald Trump, anunciou a retirada dos Estados Unidos do acordo climático de Paris, um tratado internacional que tem como objetivo combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Essa decisão foi recebida com grande preocupação e desapontamento por líderes mundiais e organizações ambientais, que temem os impactos negativos que essa ação pode trazer para o meio ambiente e para o futuro do planeta.
No entanto, em meio a essa notícia desanimadora, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez questão de ressaltar a importância e a urgência de se combater as mudanças climáticas, mesmo diante da decisão dos Estados Unidos de se retirar do acordo. Em um comunicado oficial, Guterres afirmou que “a ciência é clara: precisamos agir agora para evitar uma catástrofe climática. Não há tempo a perder”.
O secretário-geral também destacou que a retirada dos EUA do acordo climático de Paris não significa o fim dos esforços globais para combater as mudanças climáticas. Pelo contrário, ele acredita que essa ação pode ser um catalisador para que outros países assumam um papel de liderança e intensifiquem suas ações em prol do meio ambiente. “A retirada dos EUA é uma grande perda para o acordo e para o mundo, mas não é o fim da história. Outros países e atores não estatais estão determinados a implementar o acordo e a aumentar a ambição climática”, afirmou Guterres.
Além disso, o secretário-geral da ONU também enfatizou que a luta contra as mudanças climáticas é uma responsabilidade compartilhada por todos e que é preciso unir esforços para alcançar os objetivos do acordo de Paris. Ele pediu que os países continuem a trabalhar juntos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a transição para uma economia verde e sustentável.
É importante lembrar que a retirada dos EUA do acordo climático de Paris não é imediata e só poderá ser efetivada em novembro de 2020, um dia após as eleições presidenciais americanas. Isso significa que ainda há tempo para que o país reconsidere sua decisão e volte a fazer parte do acordo. E, mesmo que isso não aconteça, é fundamental que os demais países continuem a cumprir suas metas e ações estabelecidas no tratado, para que os esforços globais não sejam prejudicados.
O acordo climático de Paris foi assinado em 2015 por 195 países e tem como objetivo limitar o aumento da temperatura média global em 2°C, em relação aos níveis pré-industriais. Para isso, os países se comprometeram a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e a investir em energias renováveis e tecnologias limpas. A retirada dos EUA, um dos maiores emissores de gases do mundo, pode comprometer o alcance dessas metas, mas não deve desanimar os demais países a continuarem lutando pelo meio ambiente.
Portanto, diante da decisão dos Estados Unidos de se retirar do acordo climático de Paris, é fundamental que os líderes mundiais e a sociedade civil se unam e intensifiquem seus esforços para combater as mudanças climáticas. A declaração do secretário-geral da ONU é um lembrete de que ainda há esperança e que é possível alcançar um futuro mais sustentável para as próximas gerações. Cabe a cada um de nós fazer a nossa