A busca por vida fora da Terra sempre foi um dos maiores mistérios da humanidade. Desde os tempos antigos, as pessoas olham para o céu e se perguntam se estamos sozinhos no universo. Com o avanço da tecnologia, a ciência tem se aproximado cada vez mais de encontrar uma resposta para essa pergunta. E agora, graças à inteligência artificial, os astrônomos deram um passo importante nessa busca.
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Warwick, no Reino Unido, desenvolveu um algoritmo que é capaz de identificar padrões em dados astronômicos que indicam a presença de planetas semelhantes à Terra. O objetivo é encontrar mundos potencialmente habitáveis, ou seja, que possam abrigar vida como a conhecemos.
O algoritmo foi treinado com dados de mais de 1000 exoplanetas, que são planetas que orbitam estrelas fora do nosso sistema solar. Esses dados foram coletados pelo telescópio espacial Kepler, da NASA, que foi lançado em 2009 com o objetivo de buscar planetas semelhantes à Terra em outras partes da galáxia.
Com o passar dos anos, o Kepler descobriu milhares de exoplanetas, mas a grande maioria deles é muito diferente da Terra. Eles podem ser gigantes gasosos, como Júpiter, ou rochosos, mas com condições extremas, como altas temperaturas ou atmosferas tóxicas. Encontrar um planeta com características semelhantes às do nosso é como procurar uma agulha em um palheiro.
Foi aí que a inteligência artificial entrou em cena. O algoritmo desenvolvido pelos pesquisadores é capaz de analisar os dados do Kepler e identificar padrões que indicam a presença de planetas rochosos com tamanho e temperatura semelhantes aos da Terra. Esses são os principais fatores que tornam um planeta habitável, pois permitem a existência de água líquida em sua superfície.
O processo de busca por exoplanetas é complexo e demorado. Os dados coletados pelo Kepler são analisados por astrônomos, que procuram por sinais de trânsito planetário. Isso significa que eles observam se um planeta passa na frente de sua estrela, bloqueando parte de sua luz. Essa diminuição na luminosidade é um indicativo da presença de um planeta.
Com a ajuda da inteligência artificial, esse processo se torna mais eficiente. O algoritmo é capaz de analisar uma grande quantidade de dados em um curto período de tempo, o que permite que os astrônomos foquem em exoplanetas com maior potencial de serem habitáveis. Além disso, ele pode identificar padrões que seriam difíceis de serem percebidos por um ser humano.
Os resultados obtidos até o momento são promissores. O algoritmo foi capaz de identificar dois novos exoplanetas que se encaixam nos critérios de habitabilidade. Um deles, chamado K2-18b, é especialmente interessante, pois está localizado em uma zona habitável de sua estrela, ou seja, a uma distância que permite a existência de água líquida em sua superfície.
A descoberta de K2-18b foi anunciada em 2019, mas o papel da inteligência artificial nesse processo só foi revelado recentemente. De acordo com os pesquisadores, o algoritmo é capaz de analisar dados de outros telescópios além do Kepler, o que pode aumentar ainda mais o número de exoplanetas descobertos.
Além de ajudar na busca por planetas semelhantes à Terra, a inteligência artificial também pode ser útil na busca por vida extraterrestre. O algoritmo pode analisar os dados coletados pelos telescópios em busca de