Na última terça-feira, o Hamas, movimento político palestino, saudou a decisão da Turquia de fechar seus portos e espaço aéreo para navios, aviões militares e oficiais israelenses. A medida é uma resposta às ações violentas e desproporcionais de Israel contra manifestantes palestinos na Faixa de Gaza, que resultaram na morte de mais de 60 pessoas e deixaram milhares de feridos.
O Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, afirmou em comunicado que a decisão da Turquia é um passo importante para responsabilizar Israel pelas suas ações criminosas. O movimento também pediu que outros países sigam o exemplo e adotem medidas punitivas contra o Estado sionista.
Esta não é a primeira vez que a Turquia toma uma atitude enérgica em relação a Israel. Em 2010, o governo turco rompeu relações diplomáticas com o país após um ataque israelense a um navio de ajuda humanitária que tentava romper o bloqueio naval a Gaza. Na ocasião, dez ativistas turcos foram mortos pela ação militar israelense.
Desde então, a relação entre Israel e Turquia tem sido tensa, com trocas de acusações e declarações hostis. No entanto, a decisão de fechar os portos e espaço aéreo para Israel é uma demonstração clara de apoio aos palestinos e uma condenação às ações violentas de Israel.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também se pronunciou sobre o assunto, afirmando que a Turquia não ficará calada diante da violência e opressão contra o povo palestino. Ele ainda convocou uma reunião de emergência da Organização para a Cooperação Islâmica, onde será discutido o apoio aos palestinos e possíveis medidas contra Israel.
A decisão da Turquia foi recebida com entusiasmo pela população palestina, que tem sido alvo de constantes ataques do exército israelense. Os protestos ao longo da fronteira com Israel, conhecidos como “Grande Marcha do Retorno”, têm como objetivo relembrar o Nakba (catástrofe, em árabe), quando milhares de palestinos foram expulsos de suas terras durante a criação do Estado de Israel em 1948.
Desde o início dos protestos, em 30 de março, mais de 110 palestinos foram mortos e cerca de 13 mil ficaram feridos. Entre as vítimas, estão crianças, jovens, mulheres e idosos, que têm sido alvo de tiros letais e bombas de gás lacrimogêneo lançadas pelo exército israelense.
A decisão da Turquia é uma resposta necessária e importante diante da inércia da comunidade internacional em relação aos abusos cometidos por Israel contra os palestinos. É preciso que outros países também tomem medidas punitivas e pressionem Israel a respeitar os direitos humanos e a dignidade do povo palestino.
Além disso, é fundamental que a população mundial se informe sobre a realidade da Palestina e se posicione contra as ações opressoras de Israel. Não podemos nos calar diante de tamanho sofrimento e violência, é nosso dever como seres humanos lutar por justiça e paz.
Esperamos que a decisão da Turquia sirva de exemplo e incentive outros países a tomarem medidas concretas contra Israel. O povo palestino merece viver sem medo e ter seus direitos respeitados, e só através de ações concretas poderemos alcançar essa realidade.
Que a solidariedade e a justiça prevaleçam sobre a opressão e a violência. Juntos, podemos fazer a diferença e lutar por um mundo mais justo