Nos últimos anos, temos visto um aumento preocupante nas taxas de mortalidade de diversas espécies marinhas ao redor do mundo. Entre elas, estão os peixes, mamíferos marinhos e aves, que têm sido afetados por diversos fatores, como a poluição, mudanças climáticas e atividades humanas. No entanto, uma hipótese levantada pelo Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) aponta para outros possíveis motivos para essas mortes em massa: a migração por longas distâncias, dificuldade em encontrar alimento, parasitoses, quadros infecciosos e pesca.
O IPeC é uma organização sem fins lucrativos que atua na conservação e pesquisa da biodiversidade marinha na região de Cananéia, no litoral sul de São Paulo. Com uma equipe multidisciplinar e altamente qualificada, o instituto tem como objetivo principal entender e proteger os ecossistemas marinhos, além de promover a conscientização e educação ambiental.
De acordo com o IPeC, a migração por longas distâncias pode ser um fator determinante para a mortalidade de diversas espécies marinhas. Muitas delas, como as baleias e golfinhos, realizam longas viagens em busca de alimento e reprodução, enfrentando diversos desafios ao longo do caminho. Durante essas migrações, os animais podem ser expostos a condições climáticas adversas, como tempestades e mudanças bruscas de temperatura, o que pode enfraquecê-los e torná-los mais suscetíveis a doenças.
Além disso, a dificuldade em encontrar alimento também pode ser um fator preocupante para a mortalidade de espécies marinhas. Com o aumento da pesca comercial e a degradação dos oceanos, muitos animais têm enfrentado escassez de alimentos, o que pode levar à desnutrição e enfraquecimento do sistema imunológico. Isso os torna mais vulneráveis a doenças e infecções, que podem levar à morte.
Outro fator apontado pelo IPeC é a presença de parasitas nos animais marinhos. Assim como os seres humanos, os animais também podem ser afetados por parasitas, que podem causar doenças e enfraquecer o organismo. Com a degradação dos oceanos, a presença desses parasitas tem aumentado, o que pode ser um fator agravante para a mortalidade de espécies marinhas.
Além disso, os quadros infecciosos também têm sido apontados como uma possível causa para as mortes em massa de animais marinhos. Com a poluição dos oceanos, muitos animais têm sido expostos a bactérias e vírus que podem causar doenças graves e até mesmo levar à morte. Além disso, a pesca também pode ser um fator determinante para a disseminação de doenças, já que muitos animais são capturados e transportados em condições precárias, facilitando a propagação de infecções.
Diante desses fatores, o IPeC tem realizado diversas pesquisas e ações para entender e combater a mortalidade de espécies marinhas. Entre elas, estão o monitoramento de animais marinhos, a realização de necropsias para identificar as causas das mortes e a promoção de campanhas de conscientização e educação ambiental.
Além disso, o instituto também tem trabalhado em parceria com outras organizações e órgãos governamentais para promover a conservação dos oceanos e a adoção de medidas que visem a proteção da biodiversidade marinha. Entre elas, estão a criação de áreas marinhas protegidas, a regulamentação