O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, expressou sua indignação e condenou veementemente a detenção de mais de uma dezena de funcionários da organização internacional no Iémen pelo grupo de rebeldes xiitas huthis. Em um comunicado emitido hoje, Guterres enfatizou que essa ação é uma clara violação dos direitos humanos e do direito internacional.
Segundo relatos, os funcionários da ONU foram detidos durante uma operação de busca e apreensão em suas residências na capital Sanaa, na última quarta-feira (20). Entre os detidos estão cidadãos iemenitas e estrangeiros, incluindo um membro da equipe de segurança da ONU. Ainda não há informações sobre o paradeiro ou condições dos detidos.
Guterres expressou sua preocupação com a segurança e bem-estar dos funcionários da ONU e pediu sua libertação imediata e incondicional. Ele também enfatizou que a ONU está em contato com as autoridades iemenitas e trabalhando para garantir a segurança de seus funcionários e a continuidade de suas operações no país.
Essa não é a primeira vez que funcionários da ONU são alvo de detenções arbitrárias no Iémen. Em 2019, quatro funcionários da organização foram detidos pelo mesmo grupo rebelde e mantidos em cativeiro por mais de 200 dias. Guterres ressaltou que essas ações são inaceitáveis e vão contra os princípios fundamentais da ONU, que busca promover a paz, a segurança e os direitos humanos em todo o mundo.
O Iémen tem sido palco de um conflito armado desde 2014, quando os rebeldes huthis tomaram o controle da capital e outras áreas do país, levando o governo a se refugiar em Aden. Desde então, a situação humanitária no país tem se deteriorado, com milhões de pessoas enfrentando fome, doenças e deslocamento forçado. A ONU tem desempenhado um papel crucial na prestação de assistência humanitária e na busca por uma solução pacífica para o conflito.
A detenção dos funcionários da ONU é um duro golpe para os esforços de paz e estabilidade no Iémen. Guterres enfatizou que a ONU continuará trabalhando com todas as partes envolvidas para alcançar uma solução política para o conflito e garantir o respeito pelos direitos humanos e pelo direito internacional.
Além disso, o secretário-geral pediu que todas as partes envolvidas no conflito respeitem o status e a imunidade dos funcionários da ONU e de outras organizações internacionais presentes no país. Ele também instou as autoridades iemenitas a investigar e responsabilizar os responsáveis pela detenção dos funcionários da ONU.
A comunidade internacional também se manifestou sobre o assunto, condenando a detenção dos funcionários da ONU e pedindo sua libertação imediata. O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência para discutir a situação no Iémen e expressou sua profunda preocupação com a segurança dos funcionários da organização.
Em tempos de incerteza e conflito, a presença da ONU e de outras organizações internacionais é fundamental para garantir a proteção dos direitos humanos e a prestação de assistência humanitária às populações mais vulneráveis. A detenção dos funcionários da ONU é um ataque direto a esses princípios e deve ser condenada por todos.
Neste momento, é importante que todas as partes envolvidas no conflito no Iémen se comprometam com uma solução pacífica e respeitem o trabalho da ONU e de outras organizações