Líderes da comunidade empresarial portuguesa no Brasil afirmam que as recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos estão impactando negativamente empresas portuguesas e luso-brasileiras. Diante dessa situação, torna-se fundamental a busca por novos mercados para mitigar os efeitos dessas medidas comerciais.
Desde que o governo americano decidiu aumentar as tarifas sobre produtos importados da China, em meados de 2018, os impactos já podem ser sentidos por empresas de todo o mundo. O Brasil, como importante parceiro comercial dos Estados Unidos, não ficou de fora dessa política protecionista. As tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio impostas pelos americanos afetam diretamente a economia brasileira, já que somos um dos principais exportadores desses produtos para lá.
No entanto, o que muitos não sabem é que essas tarifas também afetam as empresas portuguesas e luso-brasileiras. Portugal é um dos principais fornecedores de aço e alumínio para o Brasil, e essa ligação comercial é crucial para a economia dos dois países. Com as novas taxas, as empresas portuguesas que atuam no mercado brasileiro estão enfrentando dificuldades e precisam encontrar soluções para minimizar os impactos.
Em entrevista à agência de notícias Lusa, lideranças da comunidade empresarial portuguesa no Brasil foram unânimes em afirmar que as tarifas americanas já estão afetando as suas atividades. Segundo eles, os custos de produção aumentaram e os negócios estão sendo prejudicados. É necessário buscar outras opções para suprir a demanda e reduzir os impactos dessas medidas.
Para João Dias, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira (CCILB), a situação é preocupante e exige uma atuação conjunta entre os governos de Portugal e Brasil. “É necessário um esforço conjunto para buscar novos mercados e diversificar as exportações, de forma a minimizar os efeitos das tarifas americanas”, afirmou em entrevista.
Além disso, o presidente da CCILB ressaltou a importância da união entre as empresas portuguesas e luso-brasileiras para enfrentar esse desafio. “Juntas, elas podem encontrar soluções criativas e buscar novas oportunidades de negócios, fortalecendo as relações comerciais entre os dois países”, destacou.
Outro líder empresarial português que compartilha da mesma opinião é o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, Nuno Rebelo de Sousa. Em entrevista à Lusa, ele enfatizou a necessidade de expandir os negócios para outros mercados, especialmente na América Latina. “Precisamos olhar para além dos Estados Unidos e buscar oportunidades em países como Argentina, Chile e Colômbia. É preciso diversificar e não depender apenas de um mercado”, ressaltou.
Além disso, Rebelo de Sousa destacou a importância de fortalecer os laços comerciais entre Portugal, Brasil e a União Europeia. Segundo ele, é fundamental que as negociações do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a UE avancem, para que sejam criadas mais oportunidades de exportação e importação entre os países.
Diante desse cenário desafiador, é necessário que as empresas portuguesas e luso-brasileiras se unam e busquem soluções criativas para enfrentar as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Além disso, é fundamental a abertura de novos mercados e a diversificação das exportações, para que as empresas não fiquem dependentes apenas de um mercado. Com união e empreendedorismo, é possível superar essa crise e fortalecer