Cinco monges ingleses relataram ter testemunhado um evento extraordinário há quase 800 anos: a formação de uma cratera na Lua. Segundo os relatos, a Lua teria sido “partida em duas” e uma grande cratera teria se formado em sua superfície. Mas será que essa história é verdadeira?
Antes de explorar essa questão, é importante entender quem eram esses monges e como eles puderam presenciar esse evento. Os monges em questão eram membros da Ordem dos Beneditinos, uma ordem monástica fundada no século VI. Eles eram conhecidos por sua sabedoria e conhecimento em diversas áreas, incluindo a astronomia.
Foi em uma noite de inverno, em 1178, que os monges estavam observando o céu quando presenciaram um fenômeno incomum na Lua. Segundo seus relatos, eles viram uma luz muito brilhante e, em seguida, a Lua se dividiu em duas partes, formando uma grande cratera. Os monges ficaram chocados e imediatamente registraram o evento em seus manuscritos.
Mas será que esse relato é realmente verdadeiro? A resposta é um pouco mais complexa do que um simples sim ou não. Vamos analisar alguns fatos para entender melhor essa história.
Em primeiro lugar, é importante destacar que a tecnologia da época não era tão avançada quanto a que temos hoje. Os instrumentos de observação eram rudimentares e não permitiam uma visão tão detalhada da Lua. Além disso, o conhecimento sobre o universo era limitado e muitos fenômenos celestes eram atribuídos a eventos sobrenaturais.
Por outro lado, é possível que os monges tenham presenciado um evento real na Lua. Um estudo realizado em 1976 pelo astrônomo britânico Jack Hartung sugere que uma cratera na Lua, conhecida como Giordano Bruno, pode ter sido formada por um impacto de um cometa ou asteroide. Essa cratera tem aproximadamente o mesmo tamanho e formato descrito pelos monges em seus relatos.
Mas então, por que essa história não é tão conhecida e não é mencionada em livros de astronomia? A resposta pode estar no fato de que os registros dos monges não foram amplamente divulgados na época. Além disso, acredita-se que os manuscritos originais tenham sido destruídos durante a Segunda Guerra Mundial.
Outro fator que pode ter contribuído para a falta de conhecimento sobre esse evento é que, na época, a ciência não tinha o mesmo prestígio que tem hoje. A maioria das pessoas não tinha interesse ou acesso a informações sobre astronomia e, por isso, esse relato pode ter sido ignorado.
Mas isso não significa que a história seja falsa. Na verdade, ela é considerada uma lenda da astronomia e é mencionada em diversos estudos sobre o assunto. Além disso, a cratera Giordano Bruno é um importante objeto de estudo para pesquisadores que buscam entender a formação das crateras na Lua e em outros corpos celestes.
Portanto, é possível dizer que a história dos cinco monges ingleses que presenciaram a formação de uma cratera na Lua é verdadeira, mas não da forma como foi descrita originalmente. Eles podem ter testemunhado um evento real, mas é provável que suas interpretações e registros tenham sido influenciados por crenças e conhecimentos limitados da época.
De qualquer forma, essa história nos lembra da importância de olhar para o céu e buscar entender os mistérios do universo. A astronomia é uma ciência fascinante e sempre nos reserva surpresas e descobertas incríveis. Quem sabe o que mais pode ter acontecido no passado e ainda não foi registrado?
Portanto, mesmo que a