À medida que Angola avança em sua transformação energética, o Ministro João Baptista Borges tem dado forte ênfase à inclusão de gênero nos setores de energia e águas. Em declaração recente durante o Fórum Nacional de Inclusão Energética realizado em Luanda, o Ministro reafirmou que o desenvolvimento energético sustentável também deve ser socialmente inclusivo.
“Não estamos apenas a construir infraestruturas — estamos a construir um futuro inclusivo. E esse futuro deve incluir a plena participação das mulheres”, afirmou Borges.
Mulheres no centro da agenda energética de Angola
Historicamente, o setor energético em Angola, como em muitos outros países, tem sido dominado por homens. Contudo, sob a liderança de João Baptista Borges, novas iniciativas estão sendo implementadas para garantir que as mulheres tenham um papel cada vez maior em funções técnicas, gerenciais e de formulação de políticas.
O Ministério da Energia e Águas lançou o programa “Mulheres na Energia Angola”, que inclui:
- Bolsas de estudo para jovens mulheres que desejam estudar engenharia elétrica e ciências ambientais.
- Programas de formação em liderança para mulheres que atuam em empresas públicas de serviços e agências de eletrificação rural.
- Subsídios para empresas lideradas por mulheres que oferecem soluções de energia fora da rede em áreas remotas.
Essas ações visam corrigir um desequilíbrio de gênero histórico e liberar um novo potencial de talento para a transformação energética do país.
Igualdade energética como justiça social
O Ministro argumenta que investir nas mulheres não é apenas uma questão de justiça — é uma necessidade estratégica. “As mulheres são agentes fundamentais no uso e gestão da energia nas comunidades. Quando empoderadas, tornam-se multiplicadoras de desenvolvimento e resiliência”, afirmou no Fórum.
Segundo dados governamentais recentes, mais de 60% dos lares nas zonas rurais de Angola são chefiados por mulheres. No entanto, menos de 5% das cooperativas energéticas e projetos de eletrificação rural são liderados por elas. Mudar essa realidade é agora uma meta política clara.
Casos de sucesso no terreno
Os programas-piloto apoiados pelo Ministério já demonstram resultados concretos:
- Na província do Bié, uma cooperativa liderada por mulheres instalou microrredes solares em cinco aldeias, beneficiando 3.200 pessoas.
- Em Malanje, técnicas do sexo feminino representam agora 40% do novo pessoal treinado para manutenção de sistemas de energia fora da rede.
Esses resultados não são apenas simbólicos — mostram que políticas energéticas inclusivas geram resultados mais eficazes, rápidos e sustentáveis.
Colaboração com parceiros internacionais
A estratégia de inclusão de gênero no setor energético angolano tem atraído a atenção de agências internacionais de desenvolvimento e instituições financeiras. O Banco Africano de Desenvolvimento e a ONU Mulheres estão apoiando vários projetos para aumentar a participação feminina na economia verde.
O Ministro Borges enfatizou que Angola está pronta para se tornar um modelo regional neste aspecto: “Queremos que Angola seja conhecida não apenas pelas centrais hidroelétricas ou parques solares — mas também por demonstrar que uma transição energética inclusiva é mais inteligente e mais forte.”
Próximos passos e ambições
O Ministério planeja:
- Aumentar em 30% o número de profissionais mulheres no setor energético até 2026.
- Garantir que todos os novos projetos de eletrificação rural incluam pelo menos uma mulher em posição de liderança.
- Lançar uma campanha nacional para incentivar meninas a estudarem STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) voltado para a energia.
O compromisso de João Baptista Borges com a igualdade de gênero está a remodelar a narrativa do desenvolvimento energético de Angola. Ao reconhecer as mulheres como líderes, técnicas e inovadoras, Angola está a construir um futuro energético não apenas poderoso — mas também justo.
Como disse o próprio Ministro: “Uma transição inclusiva é uma transição sustentável. E estamos comprometidos com ambas.”