O Colégio Nacional de Jornalistas da Venezuela (CNP) vem a público denunciar a situação preocupante dos jornalistas e trabalhadores da imprensa no país. Segundo a entidade, atualmente 16 profissionais da área estão detidos de forma arbitrária, o que representa uma grave violação à liberdade de expressão e ao direito à informação.
Desde o início da crise política e econômica na Venezuela, a imprensa tem sido alvo de constantes ataques e pressões por parte do governo. Jornais, emissoras de rádio e televisão, bem como sites de notícias, têm sido censurados e seus profissionais ameaçados e perseguidos. Infelizmente, esse cenário tem se intensificado nos últimos anos, deixando jornalistas em situação de vulnerabilidade e a sociedade sem acesso à informação verdadeira e imparcial.
A CNP ressalta que a liberdade de imprensa é um pilar fundamental da democracia e deve ser protegida a todo custo. Sem uma imprensa livre e atuante, a sociedade fica desprovida de informações essenciais para o seu desenvolvimento e ficam abertas as portas para a manipulação e a desinformação.
Dentre os 16 profissionais atualmente detidos, está o jornalista Braulio Jatar, preso desde setembro de 2016, após ter divulgado imagens que mostravam uma manifestação contra o governo. Além dele, há também casos de jornalistas estrangeiros que foram deportados ou impedidos de entrar no país, como o repórter do jornal espanhol “El País”, Maurén Barriga Vargas, e o correspondente do canal de TV colombiano “NTN24”, Rodrigo Pérez.
É inaceitável que em pleno século XXI ainda existam países onde jornalistas são criminalizados por exercerem seu papel de informar a população. A imprensa tem um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e democrática, e é preciso que as autoridades venezuelanas respeitem esse papel e garantam a liberdade e segurança dos profissionais da área.
A CNP também denuncia as condições precárias que alguns jornalistas detidos estão enfrentando, com relatos de falta de acesso a atendimento médico adequado e até mesmo de torturas. É inadmissível que qualquer cidadão, muito menos um profissional da imprensa, seja submetido a tratamentos desumanos e degradantes.
Diante dessa grave situação, o CNP faz um apelo às autoridades venezuelanas para que cessem imediatamente os atos de perseguição e detenção arbitrária contra jornalistas. Além disso, é necessário que seja garantido o direito à liberdade de expressão e informação, essenciais para o fortalecimento da democracia no país.
A sociedade civil também tem um papel importante nessa luta pela liberdade de imprensa. É preciso que a população esteja atenta e denuncie qualquer tipo de violação aos direitos dos jornalistas e trabalhadores da imprensa. Juntos, podemos fazer com que a voz desses profissionais seja ouvida e respeitada.
A CNP se solidariza com todos os jornalistas e trabalhadores da imprensa no país e reafirma seu compromisso com a defesa da liberdade de imprensa e do direito à informação. É fundamental que todos continuem lutando por uma sociedade mais justa, livre e democrática, onde a mídia exerça seu papel essencial de fiscalizar e informar a população.