O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou hoje que todos os Estados-membros podem estar a caminho de atingir a meta de gastar 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em defesa antes da próxima cimeira de líderes, que acontecerá em junho deste ano. Esta declaração foi feita durante uma conferência de imprensa, onde Stoltenberg também expressou o seu entusiasmo em relação ao desfecho das eleições legislativas em Portugal.
A NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma aliança militar intergovernamental que visa a defesa coletiva dos seus membros. Fundada em 1949, a organização tem como principal objetivo a manutenção da paz e da segurança na região do Atlântico Norte. Atualmente, a NATO conta com 30 países-membros, incluindo Portugal, que aderiu em 1949.
A questão do investimento em defesa tem sido um tema recorrente nas cimeiras da NATO, com os Estados-membros a serem instados a aumentar os seus gastos militares. Em 2014, durante a cimeira de Gales, foi estabelecido um objetivo de que todos os países-membros deveriam gastar pelo menos 2% do seu PIB em defesa até 2024. No entanto, até agora, apenas seis países cumprem esse objetivo, incluindo os Estados Unidos, que é o maior contribuinte da organização.
No entanto, Stoltenberg expressou otimismo em relação ao progresso dos países-membros em direção a essa meta. “Estamos a ver um aumento significativo nos gastos com defesa em toda a Aliança. Desde 2014, os aliados europeus e do Canadá aumentaram os seus gastos em 190 mil milhões de dólares. E esperamos que esse número continue a aumentar”, afirmou o secretário-geral.
Stoltenberg também destacou que o aumento dos gastos em defesa é essencial para garantir a segurança dos países-membros e para fortalecer a aliança. “Investir em defesa é investir na nossa segurança coletiva. É importante para a nossa capacidade de enfrentar os desafios de segurança que enfrentamos, como o terrorismo, a instabilidade regional e a cibersegurança”, disse.
O secretário-geral também mencionou a importância de Portugal neste contexto. “Portugal é um membro valioso da NATO e tem desempenhado um papel fundamental nas missões da organização. Estamos ansiosos para trabalhar com o novo governo português e continuar a fortalecer a nossa parceria”, afirmou Stoltenberg.
As eleições legislativas em Portugal, que aconteceram em outubro de 2019, resultaram em um novo governo liderado pelo Partido Socialista, que obteve a maioria dos votos. O novo primeiro-ministro, António Costa, tem sido um defensor da importância da NATO para a segurança da Europa e tem prometido manter o compromisso de Portugal com a organização.
A declaração do secretário-geral da NATO é um sinal positivo de que os países-membros estão empenhados em cumprir a meta de 2% do PIB em defesa. Além disso, mostra a confiança da organização no novo governo português e na sua contribuição para a aliança.
Em conclusão, a declaração de Jens Stoltenberg é um sinal encorajador de que a NATO está a caminho de atingir a meta de 2% do PIB em defesa e que Portugal continuará a ser um parceiro valioso na organização. O aumento dos gastos em defesa é essencial para garantir a segurança dos países-membros e fortalecer a aliança. Esperamos ansiosamente pela próxima cimeira de líderes
