O cessar-fogo de três dias unilateralmente declarado pela Rússia na Ucrânia chegou ao fim às 00h00 de domingo, após três dias que trouxeram uma relativa calma às regiões em conflito. No entanto, enquanto os ucranianos estão aproveitando ao máximo esse curto período de trégua, apelos ocidentais estão sendo feitos para que o cessar-fogo seja prorrogado por pelo menos um mês, a partir de segunda-feira.
A Rússia foi a primeira a anunciar o cessar-fogo na Ucrânia, com o objetivo de permitir que a população local pudesse celebrar as festividades do Dia da Independência do país. O anúncio foi recebido com alívio por muitos ucranianos, que há cinco anos convivem com a guerra no leste do país.
Durante esses três dias, as armas ficaram em silêncio na região do Donbass, onde o conflito é mais intenso. As trocas de tiros entre as tropas ucranianas e os separatistas pró-russos cessaram, trazendo um clima de paz e tranquilidade para os civis. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, elogiou a iniciativa russa e afirmou que o cessar-fogo era uma oportunidade para a paz e o diálogo entre as duas nações.
No entanto, enquanto os ucranianos se agarravam à esperança de que o cessar-fogo pudesse indicar um caminho para a resolução do conflito, líderes ocidentais fizeram apelos para que a trégua fosse prorrogada. O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu à Rússia que reconsiderasse sua decisão unilateral e prolongasse o cessar-fogo por pelo menos um mês, enquanto a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu que a Rússia e a Ucrânia realizassem conversas bilaterais.
O apelo ocidental é baseado no desejo de criar um ambiente propício para as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, visando colocar um fim definitivo ao conflito que já dura cinco anos. Além disso, a prorrogação do cessar-fogo poderia permitir que organizações humanitárias tivessem acesso às áreas afetadas pelo conflito, fornecendo auxílio às pessoas que mais precisam.
A Rússia, por sua vez, afirmou que a prorrogação do cessar-fogo dependeria da situação no terreno e das ações das tropas ucranianas. Alegando que a Ucrânia ainda não cumpriu com todos os requisitos do acordo de paz de Minsk, que prevê a retirada das forças russas da região, o governo russo defende que a responsabilidade pelo prolongamento da trégua também é da Ucrânia.
Enquanto as negociações continuam, diversas personalidades internacionais elogiaram a iniciativa russa de declarar um período de paz na Ucrânia. O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou o cessar-fogo como um “passo positivo” e afirmou que a Organização das Nações Unidas está pronta para apoiar quaisquer esforços para alcançar a paz na região.
É importante ressaltar que esse cessar-fogo é um avanço significativo no processo de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia e apoiou separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, os dois países estão em constante conflito. A declaração do cessar-fogo demonstra que ambas as nações estão dispostas a dialogar e