De acordo com um relatório divulgado pelas Nações Unidas, cerca de 92% das mortes de mulheres relacionadas à gravidez e ao parto em 2023 ocorreram em países de baixo e médio rendimento. Esses números alarmantes mostram a necessidade urgente de ações para melhorar a saúde materna em todo o mundo.
A gravidez e o parto são momentos de grande alegria e expectativa para as mulheres e suas famílias. No entanto, para muitas mulheres em países de baixo e médio rendimento, esses momentos podem se tornar uma questão de vida ou morte. A falta de acesso a cuidados de saúde adequados e de qualidade durante a gravidez e o parto é uma das principais causas dessas mortes evitáveis.
De acordo com o relatório, a maioria dessas mortes ocorreu em países da África Subsaariana e do Sul da Ásia. Essas regiões enfrentam desafios significativos, como falta de infraestrutura de saúde, escassez de profissionais qualificados e falta de recursos financeiros para investir em cuidados de saúde materna. Além disso, muitas mulheres nessas regiões não têm acesso a informações sobre saúde reprodutiva e planejamento familiar, o que pode levar a gravidezes indesejadas e não planejadas.
É importante destacar que a maioria dessas mortes pode ser evitada com medidas simples e acessíveis. Investir em cuidados de saúde materna é uma das formas mais eficazes de reduzir a mortalidade materna. Isso inclui garantir que as mulheres tenham acesso a serviços de saúde de qualidade durante a gravidez, parto e pós-parto, bem como aconselhamento sobre saúde reprodutiva e planejamento familiar.
Além disso, é fundamental que os governos e organizações internacionais trabalhem juntos para melhorar a infraestrutura de saúde e aumentar o número de profissionais de saúde qualificados em países de baixo e médio rendimento. Isso pode ser feito por meio de investimentos em treinamento e educação, bem como programas de incentivo para atrair profissionais de saúde para essas regiões.
Outra questão importante a ser abordada é a desigualdade de gênero. Muitas mulheres em países de baixo e médio rendimento enfrentam discriminação e falta de autonomia em relação à sua saúde e bem-estar. É essencial que as mulheres tenham acesso a informações e serviços de saúde sem discriminação ou restrições, para que possam tomar decisões informadas sobre sua saúde e a de seus filhos.
Felizmente, já existem iniciativas em andamento para melhorar a saúde materna em todo o mundo. A iniciativa “Every Woman Every Child” da ONU, por exemplo, tem como objetivo reduzir a mortalidade materna e infantil por meio de parcerias e investimentos em saúde materna e infantil. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a campanha “Saúde para todas as mães” para garantir que todas as mulheres tenham acesso a cuidados de saúde materna de qualidade.
É importante lembrar que a saúde materna não é apenas uma questão de saúde, mas também de direitos humanos. Todas as mulheres têm o direito de ter uma gravidez e parto seguros e saudáveis, independentemente de onde vivem ou de sua situação socioeconômica. É responsabilidade de todos nós trabalhar juntos para garantir que esse direito seja respeitado e que as mortes maternas sejam reduzidas drasticamente em todo o mundo.
Em resumo, os números divulgados pelas Nações Unidas são alarmantes, mas também são um lembrete de que ainda há muito a ser feito para melhorar a saúde materna em todo o mundo. É hora de agir e garantir que todas as mulheres