A igualdade de gênero é um tema cada vez mais discutido em diferentes áreas, incluindo a economia. Apesar do aumento da participação feminina no mercado de trabalho, ainda há uma desigualdade de gênero nesse setor, inclusive no campo da economia. Pensando nisso, a revista VEJA realizou uma pesquisa com o objetivo de buscar por dez nomes de economistas mulheres e dez homens, dentro e fora do Brasil, a fim de comparar suas trajetórias e contribuições para a área.
A pesquisa da VEJA revelou que, apesar do número ainda ser baixo, há uma crescente presença feminina na economia, tanto no Brasil quanto no exterior. Entre as mulheres brasileiras destacam-se nomes como Laura Carvalho, professora da FEA/USP e colunista da Folha, que tem se destacado por suas análises econômicas e posicionamentos políticos. Outro nome importante é o de Monica de Bolle, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics, que tem se dedicado a estudos sobre a economia brasileira e suas relações com o mundo.
Fora do Brasil, há também grandes economistas mulheres que têm se destacado em suas áreas de atuação. Entre elas, podemos citar Janet Yellen, ex-presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, que foi a primeira mulher a ocupar esse cargo. Seu trabalho foi fundamental para a recuperação da economia norte-americana após a crise de 2008. Outro nome de destaque é o de Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), que tem liderado importantes discussões sobre o papel da mulher na economia mundial.
Ao compararmos os nomes femininos com os masculinos, é possível notar que não há diferenças significativas em relação ao conhecimento e à contribuição desses profissionais para a área de economia. O que ainda existe é um preconceito que limita a participação das mulheres nesse campo de atuação. Isso se reflete, por exemplo, na representatividade feminina em cargos de liderança e em eventos importantes da área, como fóruns econômicos.
Porém, apesar das dificuldades, as mulheres têm conquistado espaço e se destacado na economia. Entre os dez economistas homens mencionados pela VEJA, encontramos nomes de peso como o de Joseph Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2001, e Thomas Piketty, autor do livro “O Capital no Século XXI”, que causou grande impacto no mundo acadêmico e no debate sobre desigualdade econômica.
Outros nomes que também se destacam dentre os homens são os de Thomas Sowell, Milton Friedman e Paul Krugman, que influenciaram as políticas econômicas de seus respectivos países e são referências em seus campos de pesquisa. Ao comparar os nomes masculinos e femininos, é possível notar que ambos possuem trajetórias relevantes e contribuem para o desenvolvimento da economia, independentemente do gênero.
É importante destacar que, além dos nomes mencionados pela VEJA, há muitas outras mulheres e homens que têm se destacado na área de economia e contribuído para seu avanço. No entanto, é necessário quebrar estereótipos e incentivar a participação feminina nesse campo, pois a diversidade de gênero é fundamental para a promoção de um debate plural e a busca de soluções mais abrangentes e efetivas.
Em uma sociedade cada vez mais aberta e diversificada, é essencial que as mulheres sejam valorizadas e incentivadas a ocupar espaços em todas as áreas, incluindo a economia. A pesquisa da VEJA é um exemplo de como é possível encontrar grandes nomes femininos nesse campo de atuação, que merecem ser reconhecidos e valorizados. A igualdade de gênero é um caminho indispensável