“Tive a oportunidade de entrar muito cedo na Full Venue, ainda era só quase uma ideia, e gostei muito da ideia, tem muito potencial. Utilizar a IA para vender produtos associados a eventos, sejam concertos ou espetáculos desportivos, ou seja o que for, tem muito potencial, e por isso decidi entrar nesta aventura”, disse à Lusa o piloto, que disputou o Mundial de Fórmula 1 em 2005 e 2006.
A ronda de captação de investimento da startup portuguesa, que está presente em sete mercados a nível global, foi liderada pela GED Ventures, contando ainda com a participação de dois ‘business angels’, José Pinto e Pedro Aguiar.
“Gosto muito de tecnologias e, sobretudo, de ideias. No passado já estive envolvido noutros negócios e gosto sempre de descobrir novos desafios. Agora, na Full Venue, houve uma ronda de financiamento muito bem sucedida junto dos investidores e há um forte potencial de alargamento para outras áreas”, vincou Tiago Monteiro.
O piloto acrescentou que a Full Venue está a crescer “muito rapidamente” nos últimos tempos e que a sua atividade gerou já uma receita de 5,7 milhões de euros para os clientes através da sua segmentação de público-alvo com base em IA.
“Não tenho dúvidas que a Full Venue pode ajudar a aumentar as receitas, mas não só no futebol e noutras modalidades, também nos concertos. Há muitas áreas em que é possível utilizar a IA para aumentar as vendas. É um investimento muito pequeno para um retorno potencial muito grande”, assinalou.
Atualmente, a Full Venue, que utiliza a IA para transformar a forma como as empresas rentabilizam as suas audiências, opera em Portugal, Espanha, Reino Unido, Finlândia, Bélgica, Roménia e Chile. Entre os seus clientes está, por exemplo, a Federação Belga de Futebol.
Tiago Monteiro, além de empreendedor, mantém uma carreira desportiva e tem uma empresa de agenciamento de pilotos, que, segundo salientou, ocupam grande parte do seu tempo.
Ainda assim, enquanto piloto, o ano de 2023 foi um ano “atípico”, revelou, por ter sido uma época “muito mais calma”, com apenas quatro corridas realizadas.
“Desde que comecei a carreira, foi o ano com menos corridas. Não quer dizer que vou parar, pelo contrário, estou com muita vontade e com vários projetos”, adiantou à Lusa o piloto e embaixador mundial da Honda há 12 anos.
E rematou: “Com os meus pilotos todos, 11 ou 12, e o meu filho, já tenho bastante com que me ocupar. As coisas estão a correr muito bem para o Noah [filho], está a competir a nível mundial nos karts. Vai ter mais um ano de karting, antes de dar o salto para os carros. Por isso, também está a ser uma aventura bastante interessante por aqui”.
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