Presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB) anunciou na noite desta quinta-feira, 30, a ida dos ministros Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, e Renan Filho, dos Transportes, para Maceió. Os chefes das pastas foram enviados em meio ao risco de um colapso numa mina da Braskem, localizada na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. Em comunicado, Alckmin declarou que o governo federal está de “prontidão” para tomar ações necessárias. “Os ministros Renan e Wellington já estão na capital alagoana com uma equipe de técnicos para monitoramento. Representantes da Defesa Civil Nacional e do Serviço Geológico do Brasil também chegaram ontem à capital alagoana. Ontem, a prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por 180 dias pelo risco de colapso. Estamos atentos e de prontidão para as ações que forem necessárias e ajudar no que for preciso”, declarou Alckmin, responsável por substituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está viajando pelo Oriente Médio.
O governo de Alagoas, também nesta quinta-feira, alertou para um “risco iminente de colapso”. De acordo com a administração estadual, “há previsão de crateras em bairros centrais a qualquer momento”. Em comunicado, o governador Paulo Dantas (MDB) acusou a empresa petroquímica Braskem e classificou o caso como “maior crime ambiental urbano do mundo”. Por causa do risco, a prefeitura de Maceió instalou um Gabinete de Enfrentamento de Crise composto por 16 órgãos municipais e decretou estado de emergência de 180 dias. Entre as ações, a administração municipal está retirando preventivamente as famílias das áreas de risco, nas regiões do Mutange e Bom Parto.
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